quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

SOB A LUA


Aquela noite, sob a lua, despi seu corpo e beijei com desejo seu seio nu.
Minhas mãos acariciavam e decoravam as curvas sinuosas do seu corpo; seus
beijos levaram-me ao céu. Pouco a pouco íamos nos consumindo por inteiro, nossos
corpos ferviam de maneira orgasmática quando entramos em êxtase.
Meus beijos, molhados e ardentes, percorriam toda a sua geografia e com
uma eloquência singular conduzia-lhe a espasmos de prazer. Seus pelos eriçavam-se
com o mais leve toque da minha boca faminta e você sussurava palavras romanticas
e obscenas toda vez que minha língua quente adentrava em ritmo cadenciado sua flor
orvalhada de desejo. O prazer invadiu seu corpo e depois de longos carinhos e sábios
afagos, seus gemidos acabaram por despertar a mais distraída das estrelas e eu fui
agraciado com o mel que escorreu da sua flor.
Como se por instinto de fêmea, ainda faminta, você avança sobre meu corpo
e faz-me sentir sua língua aveludada molhar-me por inteiro em um ritual inigualável no
qual permanece até sua boca encontrar meu talo nu! Sem restrições começa a afagá-lo
e a sugá-lo voluptuosamente; fiquei extasiado! você me levava à loucura e a sensação proporcionada era indiscritível. Não demorou muito para que eu inundasse sua boca com meu pólen.
Ao sentir o cheiro que exalava das suas entranhas arrebatei-a pela cintura e coloquei-a de joelhos, apoiada pelos cotovelos com as pernas abertas para em seguida penetrá-la com vontade e firmesa. A cada investida minha seu corpo tremia e queimava em brasa; ele se colocava perfeito, macio, ávido, delicioso e apaixonado. Era como se fossemos amantes há anos.
Sob nós, a areia que nos afertara sons magestrais regidos e cadenciados pelos nossos corpos quando fazía-mos amor; ao nosso lado só o mar a aplaudir-nos com suas
ondas; sobre nós as estrelas a abençoar-nos com suas luzes renovadoras.

Maximilian de Queiroz

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