quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

HIPOCRISIA DO GOVERNO E DE QUEM CONSOME

O governo brasileiro assume para si um paradigma de desenvolvimento que não condiz com os princípios de preservação ambiental e ainda mascara o crescimento do impacto ecológico quando, por sua vez, não atribui aos nossos produtos exportados uma sobre taxa pelo uso da natureza e de suas matérias primas!
O padrão do progresso da sociedade contemporânea é a busca de elementos desejáveis através do consumo desenfreado. È preciso rediscutir os sentidos, deixar de entender o desenvolvimento econômico só com relação ao mercado e sim voltado para às questões ambientais do planeta, já que dependemos de seu uso ao longo dos tempos.
A questão meio ambiente é colocada em pauta destacando sua importância para o desenvolvimento e nosso papel na preservação ambiental que ainda requer maior atenção. A rediscussão dos sentidos do desenvolvimento gera polêmica, pois implica repensar os valores atuais. O Brasil vive um profundo paradoxo: possui um rico ecossistema um tanto conservado e uma política econômica que considera a natureza um obstáculo ao desenvolvimento.
O país está em uma posição insustentável, pois a maioria da população aspira entrar numa sociedade consumista almejando o padrão da classe média alta. Essa posição insustentável se dá devido ao modelo padrão capitalista de consumo e a grande oferta de variedades oferecidas que resultam num enorme consumo de matérias primas oriundas do meio ambiente, como um todo!
Contudo, vamos aqui questionar o atual modelo de desenvolvimento e de agricultura que é marcada pela alta mecanização e grande uso de água, adubos químicos, pesticidas e sementes transgênicas. Muitos ruralistas e políticos defendem a Amazônia, mas liberam o cerrado e a caatinga para desmatar, pois, o agronegócio necessita de espaço físico que só é conseguido com a derrubada da mata.
A afirmação da inserção do Brasil na economia mundial dificulta nossa visão de território e desenvolvimento, pois a busca por inovação da economia de grande escala acabou com pequenas e médias fábricas. Nessa corrida selvagem e desleal, quem não buscar novas tecnologias, pelos mais adversos motivos, ficou para trás e sucumbiu economicamente. Vivemos num mundo altamente consumista onde tudo se vende e tudo se compra.
Temos que buscar novos mecanismos que ajudem a diminuir os efeitos negativos do desenvolvimento econômico, capitalista desenfreado. Sabendo que a perspectiva de desenvolvimento exige um grande aumento da disponibilidade de energia e que o Brasil é um dos poucos países com potencial no ramo dos biocombustíveis, podemos, com toda certeza, nos beneficiarmos disso e servirmos de paradigma para as demais nações do mundo.
Essa mudança de paradigma pode ser interpretada como utópica, mas nos ajuda a trilhar outra rota possível que leve o país ao progresso, consciente e responsável, através de um desenvolvimento sustentável.


Douglas Henrique; Maximilian De Queiroz; Marcos Fillipi

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