Deleito-me ao refletir no semblante alvar dos malquistados, se me ouvissem brindar com mais vocábulos a malta platípode que repilo. Assombram-se com o bonifrate, que tal casquilho? Casquilho, sim, tem jetatura. Julga massar-me a chusma abostelada. Recolham-se! Da minha boca jamais ouvirão linguajar de bolicheiro.
Indago, o que mais fácil: praticar choldraboldra em passeatas crepitosas ou cultuar a última flor do lácio inculta e bela? A pureza da lingua é meu colunelo. Bonifrate, disse, e não burlei cânones de escribas. Faz parte de meu colóquio hodierno: como estarola, óbice e bolônio. Perde em estesia a farândula e seu ódio esgueia-se em fina gaivagem. Aos que imaginam que sou galucho, respondo com o galarim do estilo. Apraz-me a condição de turgimao do esdrúxulo. Não galreio com lapuzice a não ser quando quero igualar-me à luna. Pouco casos dos nécios que não percebem o néctar de expressões para mim prezáveis, pois uma pinhoca só não faz parreira. Pimpem, pimpem, aldrabões! Não me aceitam magniloquente, por receio do cortejo. É mister que pletora erudita de uns seja a carência mísea de outros. Nem sei por que abespinhar-me, quando no fundo não passam de biltres, bucéfalos e calaceiros. Reles bufarinheiros.
Quanto a mim, conduzo a veação com rédea firme. Não tremeluz a mão que exerce o oficio. Ao contrário do que dizem os que me asseteiam, sou imune à bajulação dos áulicos. Com o intuito de denegerir-me, os pérfilos enliçadores formam sodalícios, contubérnios, conventículos e corrilhos numa pandilha de telérrimos, salardanas. Aleivosias não desenastrarão alianças e com maranduvas não evitarão minha manutenência soberana. Pensam-na esmadrigado? Há! Há! Desato numa casquinada. Enfim, repito: contra mim, estão os sevandijas, bulhentos, sardanapalescos, pirangas, caramboleros, pecos e bolônios.
O mais e dichote.
Basta de cherinóia.
(autor desconhecido)
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