quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

OS DESAFIOS DE OBAMA




Obama pede suspensão de julgamentos em Guantánamo

Da France Presse



BASE NAVAL DE GUANTANAMO, 21 Jan 2009 (AFP) - O presidente Barack Obama pediu imediatamente após sua posse na terça-feira a suspensão, por 120 dias, dos processos nos tribunais de exceção de Guantánamo, de acordo com documentos judiciais apresentados à imprensa.

"No interesse da justiça, e a pedido do presidente dos Estados Unidos e do secretário de Defesa Robert Gates, o governo solicita, respeitosamente, que as comissões militares autorizem o adiamento dos processos mencionados anteriormente até 20 de maio de 2009", afirma a moção que será apresentada nesta quarta-feira pelo juiz Cayton Trivett, do Ministério Público, a dois procuradores dos tribunais de exceção.

Um dos procuradores, Stephen Henley, é responsável pelo processo de cinco homens acusados de ajudar a organizar os atentados de 11 de setembro de 2001 em Nova York e Washington.

O segundo, Patrick Parrish, examina o caso de Omar Khadr, um canadense detido quando tinha apenas 15 anos no Afeganistão, acusado de matar um soldado americano.

Corresponderá, portanto, aos dois a decisão de aceitar o pedido de congelamento das comissões militares de Guantánamo, um enclave sob administração americana no extremo oriental da ilha de Cuba.

A prisão de Guantánamo foi aberta em 2002, como parte da "guerra contra o terrorismo" iniciada pelo governo de George W. Bush depois dos atentados de Nova York e Washington.

Os tribunais de exceção foram criados em 2006 e atualmente são responsáveis por 21 casos, 14 deles já atribuídos a um juiz, em um total de 245 detentos, de acordo com dados do Pentágono.

Obama, que assumiu a presidência na terça-feira, prometeu que uma de suas primeiras medidas seria o fechamento da prisão Guantánamo, que virou um símbolo dos excessos dos Estados Unidos na "guerra contra o terrorismo".

E Obama começou de fato a cumprir a promessa, ao pedir a suspensão do sistema judicial de exceção, que julga os detentos acusados de crimes de guerra.

lum/fp

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