quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

AMOR


Em qualquer idade existe um processo de adaptação em conseqüência do próprio desenvolvimento físico do indivíduo e das mudanças ambientais. Além disso, podemos acrescentar que todo processo de adaptação exige uma certa dose de esforço individual e consequentemente provoca uma tensão emocional. A emotividade desenvolve-se, portanto, segundo Brides, dentro de um "continuum de energia".
A adolescência é o período de maiores tensões, justamente por coincidir com a fase de maior desenvolvimento de mudanças físicas que favorecem o desenvolvimento das emoções e dos sentimentos. Para que haja harmonia no desenvolvimento integral do indivíduo é necessária uma série de adaptações acarretadas pelo ritmo das mudanças físicas e ambientais e, consequentemente, pelo desenvolvimento emocional incluindo os sentimentos.
Quando se fala em sentimentos o primeiro em que se pensa é o amor, que tem a seguinte definição "Emoção agradável, duradoura e renovável, marcada pela identificação mútua entre duas pessoas, e também pela atração mútua". Há uma grande variedade de "tipos" de amor: de uma criança pelos pais, dos pais pelos filhos e inclusive o amor próprio. O sentimento do amor quase sempre implica e proporciona felicidade.
Para o adolescente, a família é um objeto de amor e também é a primeira mudança ambiental a qual ele deve se adaptar. A família exerce a maior influência sobre ele, embora aparentemente isso possa parecer enganoso. Mas é fato comprovado que o bom relacionamento com os pais faz com que a criança adquira maior disponibilidade para enfrentar os problemas que o mundo oferece. Por outro lado, ficou constatado que a maioria dos desajustados emocionais haviam experimentado péssimas relações familiares.
Quando, na adolescência, surge o interesse pelo sexo oposto onde grande parte dos adolescentes principalmente do sexo feminino chamam de primeiro amor, o adolescente se depara com uma terrível sensação de medo e insegurança.
Quando se fala em amor pelo sexo oposto, fica claro em nossa cultura o seguinte: as meninas sonhadoras esperando um príncipe encantado, muitas delas inclusive se apaixonam por ídolos geralmente objetos inatingíveis, por outro lado, os meninos realistas que não demonstram tanto sentimento, preocupados em mostrar para seu grupo de convívio social como ele é extremamente forte e consegue tudo que quer, inclusive as meninas. Segundo Freud o primeiro objeto sério de amor de um menino é uma mulher madura, e o de uma menina um homem mais velho (isto é as figuras da mãe e do pai).
A conquista amorosa é um terreno atraente e temível para o rapaz, devido a toda insegurança que ocorre nesta fase e a dúvida do seu poder de conquista. Este oscila entre o receio de não parecer suficientemente masculino e o de ser julgado grosseiro (sendo o primeiro extremo considerado mais importante). Para as moças a grande dúvida é quanto ao seu poder de "ser conquistada", oscilando entre o temor de parecer demasiadamente infantil ou despudorada, sendo o último considerado por estas mais importante.
Voltando as tensões emocionais incluindo o medo, vemos um adolescente com desejo de auto-afirmação, mediante atos heróicos de bravura, é inconcebível comportar-se como um medroso, isso gera uma tensão escondida que se permanecer por muito tempo pode desenvolver no indivíduo um comportamento depressivo. A preocupação em proteger sua realidade interior, incluindo todos os seus sonhos, faz com que o adolescente desenvolva grande tendência narcisista, ou seja, uma superestima por si mesmo.
A emoção no adolescente pelo lado positivo representa grande força de motivação. O adolescente aparentemente apático, encontra sentido para tudo o que faz e dificilmente pode-se descobrir um aspecto rotineiro em sua vida. Avindo emocionalmente motivado quase nunca experimenta sensações de fadiga física. Sua carga emotiva representa um dinamismo interno que necessita de atividades que deverão ser bem orientadas de forma que tal dinamismo não se disperse em atividades infrutíferas.


(Vivian Katz, Samantha Alves e Andreia Pereira)

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